O Porto de Luis Correia possui uma vantagem competitiva considerável por ser o único no Brasil a localizar-se na embocadura de um rio com 1200 km de hidrovia. (Renato Santos Junior)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

PORTO DE LUIS CORREIA por RENATO SANTOS JUNIOR ( I )

NOVAS ALTERNATIVAS OPERACIONAIS PARA O PORTO DE LUIS CORREIA INTEGRADO A HIDROVIA DO PARNAÍBA ( I )



Renato Santos Júnior


A leitura do estudo “Satelitização do Piauí” (2009), de autoria do professor Pádua Ramos, tornou-me curioso quanto à necessidade de se retratar uma identidade própria para a economia do Piauí, no que se reporta à transferência gratuita de empregos, tributos e renda para outras unidades federativas, ao persistir no modelo de exportação de suas riquezas nas condições de “commodities” ou com elementar beneficiamento.



A Ferrovia Transnordestina tida por muitos como a salvação da “lavoura”, mesmo pela sua extraordinária contribuição logística, não trará a esperada prosperidade da economia dos “cerrados” enquanto mera via de escoamento de grãos para processamento em estados vizinhos destinatários de toda a agregação de valor da qual o Piauí abre mão.



Aqueles que conceberam a criação da Transnordestina foram extremamente inteligentes e hábeis ao incluir seu roteiro adentrando as terras “mafrenses” até o ponto que se convencionou chamar de “última fronteira agrícola”. Aqui especial destaque para a visão dos irmãos cearenses, os maiores interessados e beneficiados com o projeto, pois de uma só “tacada” conseguiram o modal de transporte ideal para escoar a produção do fosfato da mina de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria (CE), para fertilizar as terras do sul/sudeste do Piauí numa primeira etapa e posteriormente para o centro-oeste, e de lá, trazer os grãos para processamento e exportação pelo Complexo Industrial e Portuário do Pecém.



Quem viver verá que o fluxo dos grãos produzidos em solo piauiense será significativamente superior para Pecém que para Suape.



A idéia da criação de uma Zona de Processamento de Exportação em Pavunssu é toda ela alimentada, porém equivocada, exclusivamente pelo potencial da Transnordestina. Embora isso seja expressivo não é suficiente, outros e muitos outros fatores limitantes demandarão muito tempo para serem superados a ponto de adequar aquela região como ideal para instalação de uma ZPE

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