O Porto de Luis Correia possui uma vantagem competitiva considerável por ser o único no Brasil a localizar-se na embocadura de um rio com 1200 km de hidrovia. (Renato Santos Junior)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

PORTO DE LUIS CORREIA por RENATO SANTOS JUNIOR ( II )

NOVAS ALTERNATIVAS OPERACIONAIS PARA O PORTO DE LUIS CORREIA INTEGRADO A HIDROVIA DO PARNAÍBA (II)






O eixo do desenvolvimento do Piauí, até mesmo pelo seu perfil geográfico deve ser trabalhado no sentido sul-norte, a exemplo do grande “Y” rodoviário, com a construção de uma ferrovia, a Ferrovia Transpiauí, - no dizer do professor Lauro Correia - que interligue todo o interior com o porto marítimo de Luis Correia. Os recursos naturais existentes no “hinterland” piauiense seriam satisfatoriamente atendidos na sua circulação por uma logística favorável em termos de deslocamento por ferrovia e aquavia, e evidente, é claro, pelas rodovias existentes.



O povo piauiense, governantes, políticos, intelectuais, empresários, professores, universitários, operários, não podem desconhecer que o mundo moderno gira em torno da competição. Competição são ciência e arte. Ciência, porque se vincula as teorias mundialmente consagradas. Arte, porque requerem habilidade de negociação e comunicação, molas propulsoras das relações interempresariais.



Em aquiescência à dinâmica dos negócios contemporâneos não se pode mais pensar e agir só localmente. As mentes devem contemplar o mundo – o grande mercado – palco dos intercâmbios sem fronteiras, ou no máximo com pouquíssimas limitações.



Também, não se pode mais deixar passar despercebido que o comércio internacional tem 95% (noventa e cinco por cento) do seu fluxo sobre veículos aquaviários.



O que falta ao Piauí para fazer o aproveitamento da aquavia do Parnaíba em seus 1.200 km? Para o aproveitamento do Porto de Luis Correia, o mais próximo dos principais portos mundiais pelas atuais rotas de navegação marítima?



Livre pensar.... Livre refletir... Livre concluir.



O objetivo deste estudo é provocar um debate exaustivo – se assim vier a merecer – por parte das instituições representativas do meu estado.



Considerando o Porto de Luis Correia, inúmeras são as notícias dando conta de que o porto é inviável do ponto de vista operacional e econômico. Muito empirismo sobre os dois fatores. Muito se tem falado em calado e profundidade sem se conhecer algo sobre um e o outro. Muito se tem comentado que os navios não têm condições de operar em Luis Correia, sem se conhecerem os tipos de navios que singram os mares na atualidade.



O que me proponho neste escrito é discorrer sobre o porto marítimo considerando: (i) algumas referências técnicas; (ii) a sua atual situação; e (iii) idéias e recomendações, “forçando a barra”, para a abertura das portas para uma discussão mais ampla e rica em pareceres técnicos para finalmente, obtermos conclusões válidas do ponto de vista científico para o assunto.



Os conceitos apresentados são resultantes de pesquisas documentais em publicações diversas, especialmente de estudos realizados pelo Departamento de Engenharia de Transporte e Geotécnia da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, alguns adaptados pelo autor face às conveniências para os fins a que se destinam outros transcritos literalmente.

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