O Porto de Luis Correia possui uma vantagem competitiva considerável por ser o único no Brasil a localizar-se na embocadura de um rio com 1200 km de hidrovia. (Renato Santos Junior)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

PORTO DE LUIS CORREIA por RENATO SANTOS JUNIOR ( V )

NOVAS ALTERNATIVAS OPERACIONAIS PARA O PORTO DE LUÍS CORREIA INTEGRADO A HIDROVIA DO PARNAÍBA (V)


Renato Santos Júnior

1.2 O Terminal de carga

O terminal de carga tem uma estrutura constituída de (i). Construções; e (ii). Instalações e equipamentos.

Construções:


Operação de transporte – são as relacionadas especificamente com a operação dos modais (ferroviário, rodoviário e aquaviário) que acessam o terminal, como postos de abastecimento e revisão, estações de recepção, controle e despacho de composições, veículos e barcaças, oficina de manutenção;


Armazenagens de carga – subdivididas em cobertas, ao ar livre, tancagens e outras:



As cobertas são compostas por:



Armazéns tradicionais, fechados e com plataformas de acesso;

Galpões fechados ou abertos, em pórticos estruturais;

Silos verticais e horizontais, com carga por gravidade de granéis.


As ao ar livre compreendem:

Pátios pavimentados, com ou sem vedação interna;

Áreas terraplenadas, com ou sem vedação interna.


As tancagens podem ser:


Fechadas, podendo ser comuns ou de pressão;

Abertas, ainda que, em certos casos, com tampa removível.


As outras:


Administração: abrigando as funções gerenciais do terminal;

Complementares: como portarias, segurança, postos de comunicação, lanchonetes, lojas de conveniência, bancos, etc.


Instalações e equipamentos:


As instalações e os equipamentos (genéricos e específicos) são divididos em dois tipos:

a) os vinculados diretamente ao transporte e à armazenagem;

b) os decorrentes das interfaces com o ambiente externo.


A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento – UNCTAD utiliza uma classificação que vincula o terminal portuário com seu entorno sócio-econômico, a saber:


Portos de primeira geração (tradicionais) – focados apenas na execução de suas funções básicas de transporte: acesso, carga, descarga e estocagem;

Portos de segunda geração (polarizadores) – atividades de primeira geração, acrescidas em seu entorno de usuários industriais e comerciais, tornando-se um centro de serviço portuário regional;

Portos de terceira geração (logísticos) – atividades de segunda geração, acrescidas empenhados em se entrosar e/ou conectar estreitamente com seu “hinterland”, (área de influência direta do terminal, isto é, desde onde capta fluxos de saída ou de exportação, até onde se distribuem os fluxos de entrada ou de importação) visando tornar-se o motor de seu desenvolvimento e um centro de serviços logístico para as regiões próximas envolvidas;

Portos de quarta geração – contempla as atividades de terceira geração, acrescidas de: zonas de processamento industriais; cluster ou condomínios portuário-industriais; e redes de negócios.


Os principais portos marítimos no que se refere à concepção de projeto de engenharia são dos tipos:


Ao longo da costa (“onshore”), podendo ser paralelos à mesma (cais tradicionais), ou perpendicular (“piers”), nos dois casos com ou sem proteção contra ondas;

No mar (“offshore”), que se subdividem nos subtipos plataforma fixa-passarela e de pontão ou flutuante;

No interior da costa (“inshore”), cujo acesso ao mar pode ser por canal livre ou por eclusa;

Ilhas artificiais, com transferência à costa por alvarengas ou chatas;

Duques d’Alba ou “dolphins”, estruturais pontuais de atracação, no mar, usadas por vezes para transferências a embarcações menores, para carga ou descarga;

Bóias fixas ou monobóias, para carga ou descarga de granéis líquidos, através de bombeamento por tubulação;

Fundeadouros, onde o navio ancora na espera de transbordo, e então executa carga ou descarga por tranferência a embarcações de menor porte.


Consoante os produtos manuseados nos portos, estes podem ser:


Portos de carga geral, constituída por caixas, caixotes, amarrados, engradados, barris e objetos de portes isolados;

Terminais de granéis líquidos e gasosos, como petróleo bruto e seus derivados;

Terminais de granéis sólidos, como os de grãos e de minérios;

Terminais de “contêineres”, para operação dos equipamentos de carga padronizados.

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