NOVAS ALTERNATIVAS OPERACIONAIS PARA O PORTO DE LUÍS CORREIA INTEGRADO A HIDROVIA DO PARNAÍBA (VI)
Renato Santos Júnior
II. Atual situação do porto de Luis Correia.
2.1 Considerações preliminares
O sistema de transportes de um país tem a função de promover a
circulação em todos os recantos do seu território; seja dos indivíduos, das mercadorias e das informações, ele multiplica as oportunidades de contatos econômicos e sociais entre os homens. É possível que essa função alcance escala universal, mercê da globalização.
É um dos principais índices do grau de civilização de um povo, de
modo que, quanto mais rápidos, freqüentes, fáceis e seguros forem os agentes da circulação, tanto mais adiantada será a civilização (PEIXOTO, 1977). Ainda mais perfeita, é a recíproca dessa afirmação, isto é, quanto mais adiantada for uma civilização, mais rápidos, freqüentes, fáceis e seguros serão seus agentes da circulação.
De acordo com Graciano (1971) é condição indispensável, senão
fator fundamental e da mais alta prioridade para o desenvolvimento econômico e social de qualquer país e região, o estabelecimento, consolidação, aperfeiçoamento e conservação de uma infra-estrutura básica de transportes (incluindo armazéns e silos, portos e cais), comunicações, energia e abastecimento. A consecução desse objetivo merece prioridade absoluta, porque ela torna possível e até mesmo facilita a consecução da saúde, educação, tranqüilidade e bem-estar social.
O transporte aquaviário é todo aquele que usando embarcações se
move sobre a água. Abrange o transporte fluvial, lacustre (aquaviário interior) e o transporte marítimo. Segundo Novaes (2004), no Brasil, o transporte marítimo é dividido em transporte marítimo de longo curso que faz a ligação entre o país e outros países distantes, e a navegação de cabotagem, que atende aos portos localizados ao longo da costa brasileira. Considera-se ainda a navegação de pequena cabotagem, que cobre apenas os portos nacionais e a grande cabotagem que corresponde ao transporte marítimo com países próximos.
No caso especial do Brasil, os transportes por água assumem
grande importância, pois é um país marítimo, debruçado sobre o Oceano Atlântico, com cerca de 7.500 quilômetros ininterruptos de costa. Por outro lado, a rede hidrográfica brasileira é uma das maiores do mundo, compreendendo oito bacias, algumas das quais se intercomunicam pelas cabeceiras dos seus rios. A extensão navegável desses rios é de ordem de 44.000 quilômetros (VALENTE: 1972).
A posição geográfica do Porto de Luis Correia é de fundamental
importância para a economia e a qualidade de vida dos piauiense e maranhense pela sua privilegiada localização na embocadura do Rio Parnaíba com seus 1.200 km navegáveis do litoral até Santa Filomena.
Embora exista controvérsia, o início da construção do Porto de Luis Correia aconteceu nos primórdios da década de 1950 e de lá até o presente as obras sofreram algumas paralisações. O ano de 2009 marca a retomada do andamento do empreendimento.
A atual fase de construção deverá ser conduzida em três etapas, a saber:
1.Estrutura física;
2.Infraestrutura do local;
3.Dragagem.
O porto foi projetado para receber navios com calado de 10 metros,
o que implica na necessidade de um “Pé de Piloto” = (profundidade – calado) em torno de 4,3 m, logo a profundidade exigida seria entre 14,3 a 15 metros condição que seria assegurada com a dragagem prevista na 3ª etapa da sua atual fase de construção.
Com as medidas assim propostas o porto estaria apto a permitir a atracação de embarcações de “primeira geração” surgidas em 1966 com as seguintes características: 180 m de comprimento; 25 m de boca e capacidade para transportar 750 TEUs. Vale destacar que as embarcações de última geração (7ª) surgidas em 2006, possuem: 397 m de comprimento; 63 m de boca; 17 m de calado e capacidade para transporte de 15.000 TEUs. No Brasil, o porto do Pecém, considerado como o mais moderno se enquadra como apropriado para receber navios de 5ª geração e vem sendo atualmente preparado para a atracação de navios de 7ª geração.
A conclusão da obra do Porto de Luis Correia abrangerá a construção de um retroporto de 30.000 m² e a finalização do cais de atracação, segundo o professor Lauro Correia, “comprimento de 150 m, e depois mais 150 metros.
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